Pontos-chave:
- Representantes de denominações de raiz wesleyana do mundo todo, incluindo Metodistas Unidos, viajaram para a Suécia para a Conferência Metodista Mundial.
- A reunião teve o clima de uma grande reunião familiar.
- A conferência de quatro dias, com o tema “on the move” (em movimento), começou com um hino bem conhecido que se originou na Suécia e se tornou amado em avivamentos ao redor do mundo.
Quando o clamor de uma tempestade ao meio-dia em 1885 deu lugar ao alegre canto dos pássaros e a um arco-íris brilhante, o Rev. Carl Gustav Boberg sentiu-se impelido a escrever sua incrível admiração pela criação de Deus.
O resultado foi o hino mais famoso do pastor sueco, intitulado “O Store Gud” em sua língua nativa — literalmente “Ó Grande Deus” em inglês.
O hino viajou da Suécia para a Alemanha, para a Ucrânia e, finalmente, para a Inglaterra, onde os missionários lhe deram o título que a maioria dos falantes de inglês conhece hoje: “Quão Grande És Tu”.
De forma similarmente indireta, a denominação natal de Boberg, a Mission Covenant Church of Sweden (Igreja Missionária da Aliança da Suécia), agora faz parte do movimento metodista. Em 2011, os membros da Mission Covenant da Suécia, batistas e metodistas unidos — com a bênção da Igreja Metodista Unida — se uniram para formar a Uniting Church in Sweden (Igreja Unida na Suécia).
Então, o hino muito viajado de Boberg foi uma abertura adequada quando a Igreja Unida na Suécia sediou a 22ª Conferência Metodista Mundial, reunindo cristãos de raízes wesleyanas do mundo todo.
“Agora canta minha alma, meu Deus Salvador a ti, quão grande tu és! Quão grande tu és!”, cantaram as vozes estrondosas de adoradores de seis continentes .
O culto noturno de 14 de agosto serviu também como culto de abertura para a Conferência Metodista Mundial e para a conferência anual da Igreja Unida na Suécia.
“Somos uma grande família juntos”, disse o bispo Lasse Svensson, presidente cessante da Igreja Unida na Suécia, aos fiéis. Ele também deu crédito às conferências metodistas unidas na Dinamarca e na Noruega por ajudarem com as tarefas de hospedagem.
“Somos muito gratos a Deus por esta oportunidade aqui em Gotemburgo de nos conhecermos ainda mais”, disse ele, “e de termos um relacionamento mais profundo com Deus”.
Representantes de cada uma das denominações de raiz metodista na Conferência Metodista Mundial estão com um símbolo representando sua denominação. A Conferência Metodista Mundial em Gotemburgo, Suécia, reuniu mais de 1.000 representantes de denominações com herança metodista para um momento de adoração, companheirismo e troca de ideias. Foto de Klaus Ulrich Ruof, Conferência Central da Alemanha.
Cerca de 1.100 pessoas, incluindo um grande contingente de Metodistas Unidos, estavam lá especificamente para a Conferência Metodista Mundial .
O evento internacional de 14 a 18 de agosto teve o tema “Em Movimento”, com foco em migração, peregrinação e guiding lights (luzes guia) — especificamente, o chamado dos cristãos para compartilhar a luz de Deus pelo mundo.
“Deus nos fez para nos movermos”, pregou a Revda. Dra. Audrey Warren, pastora sênior da Primeira Igreja Metodista Unida em Miami, durante o culto da noite de abertura.
“Eu proponho para a igreja, sitting (sentar) é o novo sinning (pecado)”, ela acrescentou. “Somos chamados a nos mover porque fomos feitos para nos mover desde o começo das Escrituras.”
Metodistas Unidos na liderança do conselho
Nos dias que antecederam a Conferência Metodista Mundial, o Conselho Metodista Mundial se reuniu para eleger novos oficiais e nomear seu novo secretário geral.
A bispa metodista unida Debra Wallace-Padgett é a nova presidente do Conselho Metodista Mundial e liderará pelos próximos cinco anos. A partir de 1º de setembro, ela será a bispa das conferências de Holston e West Virginia nos Estados Unidos.
“Eu acredito muito no ecumenismo e acho que é vivificante nos inclinarmos a focar em nossas semelhanças, em vez de nossas diferenças”, disse Wallace-Padgett. “Então, acredito que o World Methodist Council (Conselho Metodista Mundial) tem um forte testemunho no mundo, e estou ansioso para o que faremos juntos nos próximos cinco anos.”
Outros metodistas unidos que atuam como oficiais incluem:
- A Revda. Dra. Jean Hawxhurst é a oficial norte-americana do conselho. Ela também serve na equipe ecumênica do Conselho dos Bispos. No ano passado, ela foi eleita presidente de outra organização ecumênica, Churches Uniting in Christ (Igrejas Unidas em Cristo).
- A Revda. Dra. Connie Semy P. Mella é presidente do comitê permanente do conselho sobre educação e educação teológica. Nessa função, ela trabalhará com a Associação Internacional de Escolas, Faculdades e Universidades Metodistas, uma afiliada do Conselho Metodista Mundial. Ela é reitora e professora no Seminário Teológico da União nas Filipinas.
- A bispa aposentada Rosemarie Wenner continua na equipe do conselho como secretária de Genebra. A partir de 1º de setembro, ela e a bispa aposentada Hope Morgan Ward também servirão como oficiais coecumênicos para o Conselho Metodista Unido de Bispos.
O Rev. Dr. Reynaldo Leão Neto é o novo secretário geral, sucedendo o Bispo Ivan M. Abrahams, que está se aposentando após 12 anos como o principal executivo do conselho. Neto, originalmente do Brasil, mais recentemente foi Ministro Superintendente em Londres para a Igreja Metodista na Grã-Bretanha.
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Mas ela reconheceu que os últimos anos têm parecido muito com um jogo gigante e global de “luz vermelha - luz verde”, com várias paradas e recomeços causados pela pandemia da COVID-19.
A própria Conferência Metodista Mundial sentiu o impacto das interrupções de viagens causadas pela pandemia.
O Conselho Metodista Mundial, que reúne mais de 80 denominações com herança metodista em 138 países, normalmente realiza a conferência a cada cinco anos. Mas por causa da COVID, o encontro sueco acabou ocorrendo quase oito anos após a anterior World Methodist Conference (Conferência Metodista Mundial) em Houston .
E assim como a Conferência Geral da Igreja Metodista Unida foi adiada pela COVID , a Conferência Metodista Mundial também viu um número anormalmente alto de ausências causadas por atrasos nos vistos.
Mas, diferentemente da Conferência Geral, a Conferência Metodista Mundial não viu nenhuma política da igreja sendo feita. Em vez disso, pessoas de seis dos sete continentes se juntaram para comunhão, estudo da Bíblia, workshops e canto e pregação emocionantes.
“É como uma grande e velha reunião mundial da família Metodista-Wesleyana-Unida-Igreja”, disse a Rev. Dra. Jean Hawxhurst, que serve na equipe ecumênica do Conselho Metodista Unido de Bispos. Ela também é a recém-eleita oficial norte-americana para o World Methodist Council (Conselho Metodista Mundial).
Em uma reunião de família, geralmente a maior decisão envolve o que levar para o potluck (festa onde cada pessoa leva um prato). Na Conferência Metodista Unida, a maior decisão foi qual símbolo cada denominação membro levaria para representá-la durante o culto de abertura.
A Revda. Megan Tobola, pastora principal da Igreja Metodista Unida Wesley em Naperville, Illinois, carregava o símbolo escolhido pelo Conselho Metodista Unido de Bispos: uma cruz de madeira e uma chama esculpidas à mão.
Enquanto a banda de adoração tocava uma versão instrumental da festiva “Late in the Evening” (Tarde da Noite) de Paul Simon, ela e outros representantes denominacionais que estavam no palco se adiantaram para apresentar seus símbolos. Muitos dos representantes usavam trajes tradicionais para destacar seus países de origem. Os adoradores aplaudiram cada membro da família metodista.
“Como membro do Conselho Metodista Mundial desde 2016, foi bom ser a pessoa que está ali sorrindo e dizendo: 'Ei, nós superamos isso e estamos aqui juntos'”, disse Tobola.
“Ver não apenas os símbolos, mas aquelas pessoas que saíram com suas vestimentas culturais, foi tão lindo”, ela disse, acrescentando que a música colocou todos no clima de dança.
Os símbolos foram então exibidos em uma mesa com terraço ao lado do espaço de culto durante toda a conferência.
A conferência também ofereceu oportunidades de troca de ideias sobre ministério com workshops que ofereciam aulas sobre história, acolhimento de migrantes, evangelização de comunidades e busca por justiça.
O Rev. Dr. Kim Reisman, um ancião metodista unido e diretor executivo do World Methodist Evangelism (Evangelismo Metodista Mundial), fez uma breve apresentação sobre a edição de 50º aniversário do Faith-Sharing New Testament with the Psalms (Novo Testamento que compartilha a fé com os Salmos, tradução NRSV). O volume também contém os fundamentos da fé cristã e orientação para compartilhar a fé em Jesus, reunidos pelo World Methodist Evangelism (Evangelismo Metodista Mundial), um afiliado do World Methodist Council (Conselho Metodista Mundial).
“Todas essas informações são incrivelmente valiosas para nos ajudar a nos tornarmos mais confiantes, mais autênticos e mais cheios de graça ao compartilhar nossa fé com os outros”, disse Reisman.
Na foto estão símbolos representando cada uma das denominações de raiz wesleyana com participantes na World Methodist Conference (Conferência Metodista Mundial). Foto de Heather Hahn, Notícias MU.
O Rev. Steve Hickle, diretor executivo cessante da WesleyMen — afiliada do Conselho Metodista Mundial para o ministério masculino — liderou um workshop sobre como alcançar homens na fé por meio do ministério antifome da organização, FastPrayGive.org.
“Queremos conectar homens na tradição wesleyana de comunhão e testemunho cristão por meio de obras ativas apoiadas pelas próprias palavras das Escrituras”, disse Hickle.
O Rev. Giovanni Arroyo, principal executivo da Comissão Metodista Unida sobre Religião e Raça, disse que participar da conferência foi uma forma de se conectar com irmãos de outras denominações.
“Eu vejo isso como um lugar onde você também pode começar a fazer um think tank (grupo de reflexão). Nós compartilhamos, 'É isso que estou fazendo. É assim que eu faço'”, ele disse. “Está realmente acontecendo organicamente com todas essas conversas.”
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Maggie Taylor, uma das jovens adultas presentes na conferência, estava na estrada há quase três semanas para participar de vários eventos acadêmicos e religiosos, mas ela disse que ainda não queria que a conferência terminasse.
“Não quero ir embora porque há pessoas de todo o mundo, com experiências, línguas, lugares e espaços diferentes, e é uma grande oportunidade”, disse ela.
Taylor é diretora de ministérios de jovens e conexão na Heart of Steamboat United Methodist em Steamboat Springs, Colorado. Ela disse que gostaria que todos em sua igreja pudessem ter a experiência de compartilhar recursos do mundo todo.
Em seu sermão de abertura, Warren descreveu a experiência de aprendizado de sua congregação em Miami por estar em movimento.
Após anos de declínio e muito discernimento em oração, a Primeira Igreja Metodista Unida em Miami tomou a decisão em 2017 de vender seu prédio no centro da cidade. A congregação passou anos adorando com a Greater Bethel African Methodist Episcopal Church (Igreja Metodista Episcopal Africana Grande Betel), o que permitiu que os membros da Primeira IMU continuassem seu ministério com os desabrigados.
“Se nosso movimento wesleyano deve prosperar, vamos fazer o que a First Church fez”, disse Warren. “A First Church teve que sair do conforto do seu passado, abandonar a familiaridade de suas rotinas, abandonar o que estava estabelecido, abandonar suas preferências e focar no propósito de Deus para o centro de Miami. Amém? Mudar é deixar ir e se tornar algo novo.”
*Hahn é editora assistente de notícias da Notícias MU. Entre em contato com ela pelo telefone (615) 742-5470 ou [email protected]. Para ler mais notícias Metodistas Unidas, assine gratuitamente os resumos quinzenais.
**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected].
