A serviço de seus vizinhos

Quando a pandemia devastou sua comunidade de Long Island, Estherline estava lá para ajudar. E o JFON - Justice for Our Neighbours (Justiça para os nossos vizinhos) de Nova York também estava lá para ajudar. 

Aí está a igreja. E há serviço aos vizinhos. Estas são as estrelas guias gêmeas da vida de Estherline. Ela as seguiu primeiro no Haiti, onde nasceu, e depois em Antígua, Jamaica e vários outros países caribenhos.

Sua experiência - e sua fluência em francês e inglês - a levaram a uma pequena igreja metodista em Queens, Nova York, para servir a uma comunidade afro-caribenha de renda predominantemente baixa. O pastor conseguiu solicitar e obter um Visto de Trabalhador Religioso (Visto R-1 ) para Estherline.

Estherline sirve a una creciente comunidad de habla haitiana y creole en Queens, Nueva York. Foto cortesía de la Oficina Nacional de Justicia para Nuestros/as Vecinos/as, JFON.

Estherline atende a uma crescente comunidade de língua haitiana e crioula em Queens, Nova York. Foto cortesia do Escritório Nacional de Justiça para Nossos Vizinhos, JFON.

“A comunidade haitiana é uma das comunidades de crescimento mais rápido em Long Island”, explica Estherline. “Com a minha presença aqui, a igreja tinha alguém que poderia se identificar com os paroquianos de língua francesa e crioula.”

Estherline nunca se esquivou dos ministérios mais exigentes e emocionalmente desgastantes. Como assistente pastoral em sua nova igreja, ela era capelã hospitalar e conselheira para aqueles que passavam por crises emocionais intensas.

Ela também prestou cuidados paliativos aos pacientes e suas famílias.

Quando a pandemia atingiu Nova York, devastando sua comunidade, Estherline estava lá para ajudar. Mas quando ela correu o risco de perder o visto e ser forçada a retornar ao Haiti, foi ela quem precisou de ajuda com urgência. “Não posso voltar para o Haiti”, disse ela à Samantha Blecher, advogada da Justiça para os nossos Vizinhos de Nova York . "Eu devo ficar aqui."

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É raro que nossos advogados JFON aceitem um caso de Visto de Trabalhador Religioso. Uma igreja, como peticionária, normalmente tem fundos e tempo suficientes para contratar um advogado ou encontrar outra pessoa para preencher o requerimento.

Mas no caso de Estherline, houve circunstâncias atenuantes. A igreja tinha um novo pastor que não estava familiarizado com o processo e o prazo estava se aproximando rapidamente. Não havia tempo para encontrar um advogado particular para ajudá-lo, mesmo se a igreja - financeiramente limitada e servindo a uma comunidade de baixa renda duramente atingida pela pandemia - pudesse pagar por um. Pagar todas as taxas do processo - o que eles estavam dispostos e ansiosos por fazer - já era um desafio para eles.

Mais importante ainda, Samantha não é o tipo de pessoa que diz não a alguém que precisa de sua ajuda - especialmente alguém tão importante para o bem-estar da comunidade.

La abogada Samantha Blecher lidera una de las clínicas de JFON de Nueva York. Foto cortesía de la Oficina Nacional de Justicia para Nuestros/as Vecinos/as, JFON.

Advogada Samantha Blecher em uma clínica JFON de Nova York. 

 

“Não é o tipo de caso que normalmente fazemos, mas teria sido uma situação muito terrível se Estherline tivesse perdido o status, mesmo por um dia”, explica Samantha. “Ela teria sido forçada a deixar o país - e obrigada a deixar as pessoas que precisavam dela”.

Já era março de 2021. E o visto R-1 de Estherline estava programado para expirar em 30 de abril.

Samantha imediatamente abordou o formulário do Visto R-1 - fornecendo ampla prova das qualificações pastorais de Estherline, demonstrando que sua única razão de estar nos Estados Unidos era por causa de seu trabalho na igreja e que esse trabalho era vital para a missão da igreja.

“Foi gratificante para mim porque nunca tinha feito um Visa R-1 antes”, diz Samantha. “Mas o formulário tem 36 páginas. Não consigo imaginar nenhum leigo sendo capaz de superar isso.”

Quando Samantha e Estherline estavam prontas para enviar a inscrição, Samantha percebeu que o pastor havia assinado apenas dois dos três lugares que absolutamente exigiam sua assinatura. Assim, as duas imediatamente foram juntas à igreja, com a intenção de garantir que nada poderia atrasar ainda mais o pedido.

Estherline impressionou Samantha como uma pessoa bastante quieta e reservada. E havia o estresse e a preocupação que se somavam a essa impressão inicial. Mas enquanto subiam os degraus e entravam na igreja, Samantha notou uma mudança marcante no comportamento de sua cliente.

“Todo o rosto dela se iluminou”, lembra Samantha, sorrindo. "Ela até deu um comprimento de soquinho com o pastor."

Estherline estava em casa.

Esta igreja, esta comunidade, esta cidade... é aqui que Estherline pertence.

Samantha enviou o novo pedido de visto R-1 de Estherline em 13 de abril. Ele foi aprovado em 22 de abril. Para Samantha, que normalmente trabalha em casos de asilo demorados, a velocidade foi surpreendente, mas gratificante. Para Estherline, foi um alívio da ansiedade que sentia nos últimos meses.

“Sinto-me muito grata”, diz ela com sinceridade. “Quero usar todas as oportunidades para modelar esta fé para um mundo ferido, famílias feridas e pessoas feridas.”

 

* A NJFON apoia um ministério de hospitalidade que recebe imigrantes, fornecendo serviços jurídicos especializados de imigração gratuitos ou de baixo custo para imigrantes de baixa renda, refugiados e requerentes de asilo. Saiba mais: https://njfon.org/about-us/our-mission-and-values/

** Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected]

 

 

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