Metodistas Unidos Combatem o Analfabetismo em Angola

A Igreja Metodista Unida em Angola continua com os seus esforços para combater o analfabetismo no País, em parceria com o governo numa nova iniciativa que irá transformar as suas capelas em centros de educação para ensinar a leitura e escrita.

 

A parceria “Nós Podemos” foi apresentada por representantes do Metodismo Unido na Conferência Anual do Oeste de Angola e por altos funcionários do Ministério da Educação do País. Juntos, eles planificam oferecer aulas de alfabetização em igrejas na Conferência do Oeste de Angola, que abrange 12 das 18 províncias do País.

As estatísticas actuais mostram uma taxa de analfabetismo de aproximadamente 23% neste País do sudoeste de África.

“Actualmente, ”disse Maria Cândida Teixeira, Ministra da Educação de Angola,“ mais de 4 milhões de Angolanos entre os 15 e os 35 anos ainda não sabem ler nem escrever.”

 

Muitos factores, ela continuou, “justificam o alto número”. Problemas como violência doméstica, gravidez precoce, crime e prostituição estão ligados à falta de - ou insuficiente - educação, ela observou.

 

Em Angola, a luta contra o analfabetismo remonta à era pós-independência (1975), quando cerca de 85% da população adulta não sabia ler nem escrever. Desde a chegada dos missionários liderados pelo Bispo William Taylor em 1885, a Igreja Metodista Unida e os seus antecessores desempenharam um papel de liderança no sistema educacional de Angola.


O Reverendo Manuel André, que falava em nome do Bispo Gaspar João Domingos, afirmou: “A Igreja Metodista Unida tem agora o compromisso de transformar as suas capelas em centros de educação para ajudar os cidadãos que precisam aprender a ler e a escrever”

 

Ele apontou que o esforço é uma continuação do que a igreja já está fazendo.

Juscelina Débora, que dirige as organizações de mulheres na Conferência, ressaltou a importância da iniciativa.

“Aumentará o nível de conhecimento por parte das mulheres que não sabem ler nem escrever ”, disse ela,“ permitindo assim uma maior gama de alfabetizadas na organização, principalmente em áreas rurais e lugares onde a guerra não permitiu que (muitos) angolanos se sentassem numa sala de aula.”

Ela expressou a esperança de que os homens "ganhariam a coragem... de frequentarem as salas de alfabetização e perderiam o preconceito de que a alfabetização é apenas para as mulheres"..”

O memorando, assinado pelo director nacional de educação de adultos de Angola, Evaristo Pedro, e André, afirma que o governo e a igreja vão trabalhar em conjunto para preparar voluntários para alfabetizar, fornecer materiais de treino e certificar estagiários. 

Estima-se que 58,5 por cento dos estudantes com idades entre os 12 e os 17 anos - cerca de 2 milhões no total - estão atrás de pelo menos um ano na escola, de acordo com o Ministério da Educação de Angola.

“O sector da educação, ”explicou Teixeira,“ pretende implementar os programas contidos na 'Agenda 2030' do governo nigeriano, que visa transformar a vida da população através da educação como o principal impulsionador do desenvolvimento do País e do bem-estar dos cidadãos.

 

“Tenho o compromisso de ampliar e melhorar a rede de ensino em todo o país, para que todos os cidadãos possam ter acesso a formação académica.”

 

Da Cruz é um Comunicador para a Conferência Anual do Oeste de Angola.

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