Pontos principais:
- Os ministérios da Igreja Metodista Unida estão lidando com profundos cortes no orçamento.
- Isso inclui bispos, que estão tentando ajudar a reforçar o Fundo Episcopal ficando sem aumento salarial no ano que vem.
- O conselho da agência financeira da denominação aprovou o pedido dos bispos, bem como planos de gastos muito menores para o próximo ano para as agências da denominação.
Em um momento em que muitos na Igreja Metodista Unida estão lidando com profundos cortes no orçamento, os bispos da denominação também estão apertando os cintos.
A pedido dos bispos, o conselho da agência financeira da denominação aprovou por unanimidade um plano de gastos para 2025 em 11 de dezembro que não inclui aumentos para os líderes episcopais. Isso ocorre em um momento em que o número de bispos ativos atualmente servindo nos EUA diminuiu de 39 para 32, com o resultado de que a maioria dos bispos dos EUA agora lidera mais de uma conferência — e, portanto, tem uma carga de trabalho maior.
Para ajudar a equipe do escritório dos bispos neste momento de consolidação, o conselho da GCFA (sigla em inglês para o Conselho Geral de Finanças e Administração) também aprovou uma doação única de $ 20.000 para cada uma das 15 áreas episcopais dos EUA que se expandiram para incluir o que antes eram áreas separadas. O custo total das doações será de $ 300.000 para essas 15 áreas. Os fundos não irão para os bispos em si, mas para suas áreas episcopais para serem usados conforme necessário para a transição.
Com a aprovação do plano de gastos do Fundo Episcopal de 2025, o conselho do Conselho Geral de Finanças e Administração concluiu seu trabalho nos planos de gastos do próximo ano para 23 ministérios denominacionais que dependem de doações para financiamento ou da agência financeira para administração. Em uma reunião online anterior em 22 de novembro, o conselho aprovou os outros planos de gastos.
“Vamos ter um propósito para que a missão impulsione as finanças”, disse o Rev. Moses Kumar, principal executivo do Conselho Geral de Finanças e Administração, ao conselho.
Outras ações
Além de revisar os planos de gastos do próximo ano, o Conselho Geral de Finanças e Administração tomou outras medidas:
- O conselho concordou com o pedido do Conselho dos Bispos para interromper todo o financiamento para compensação de bispos e despesas relacionadas na Costa do Marfim. Após votar para deixar a Igreja Metodista Unida em maio, a Conferência da Costa do Marfim foi registrada como uma igreja metodista independente no governo do país da África Ocidental. Na visão do Conselho dos Bispos, a mudança da conferência efetivamente cortou seus laços com a Igreja Metodista Unida. Mesmo antes da votação deste ano, o bispo da Costa do Marfim, Benjamin Boni, havia planejado se aposentar este mês.
- O conselho também aprovou um período sabático para o Rev. Moses Kumar, seu principal executivo, de maio a outubro do ano que vem. Na ausência de Kumar, o conselho autorizou Caitlin Congdon a atuar como secretária geral da agência com autoridade para assinar. Congdon é o diretor de recursos humanos e desenvolvimento profissional da agência.
- Durante a ausência de Kumar, um membro do conselho será responsável pela supervisão diária da United Methodist Foundation (Fundação Metodista Unida). O marido de Congdon, Ehren, é o presidente da fundação.
- O Comitê de Responsabilidades Legais e Governança Corporativa do conselho aprovou solicitações de subsídios de conferências anuais para ajudar com custos legais. Esses subsídios são de $ 62.023 para a Conferência North Carolina, $ 71.179 para a Conferência Oklahoma e $ 6.798 para a Conferência Greater New Jersey. O comitê também aprovou um subsídio de $ 10.000 para a United Methodist Insurance (Seguro Metodista Unido) para ajudar com custos de litígio.
- O Comitê de Coordenação do conselho nomeou três representantes da GCFA para iniciar as discussões com três representantes da United Methodist Communications (Comunicações Metodista Unida) para discutir uma possível fusão. A Conferência Geral deste ano encaminhou a legislação para tal fusão de volta para ambas as agências. "Este é apenas um grupo preliminar para se reunir para iniciar as discussões para ver onde isso pode nos levar", disse o bispo David Graves, presidente do conselho. Graves lidera as conferências Tennessee-Western Kentucky, Kentucky e Central Appalachian Missionary.
Ele elogiou o Comitê de Agência Geral e Assuntos Episcopais do conselho pelas longas horas que os membros passaram revisando os planos de gastos antes de apresentá-los ao conselho completo. “Que nossos esforços coletivos sejam abençoados ao embarcarmos neste novo quadriênio com esperança e convicção”, disse ele.
A Conferência Geral, a principal assembleia legislativa da Igreja Metodista Unida, aprova o orçamento geral para os ministérios de toda a denominação nos próximos quatro anos. Esse valor total é então repartido entre as conferências anuais, órgãos regionais que, por sua vez, pedem repartições — cotas de doações da igreja — de suas igrejas locais. As conferências anuais dos EUA financiam a maior parte dos ministérios da igreja geral.
Mas, no final das contas, o que a Conferência Geral aprova é uma estimativa. Ninguém espera 100% de arrecadação de rateio a cada ano. Outros desenvolvimentos, como uma queda no número de igrejas, também podem diminuir o total de rateios que a agência financeira solicita de uma conferência anual.
Com tudo isso em mente, as agências gerais da denominação, bispos e outros ministérios embarcam em um processo multietapas a cada ano para desenvolver o plano de gastos do ano seguinte com base nas arrecadações esperadas. O conselho da GCFA dá a aprovação final a esses planos de gastos.
O processo de planejamento de gastos deste ano tem sido especialmente desafiador para todos os ministérios de toda a denominação, incluindo agências e bispos. Isso porque, após a desfiliação de cerca de um quarto das igrejas dos EUA, a Conferência Geral deste ano aprovou um orçamento historicamente baixo de quatro anos entre US$ 353,6 milhões e US$ 373,4 milhões, dependendo das taxas de arrecadação em 2025 e 2026. O orçamento de 2025-2028 representa uma redução de cerca de 40% do orçamento denominacional anterior que a Conferência Geral aprovou em 2016.
A esperança é que as reduções no novo orçamento aliviem os encargos financeiros das conferências anuais e das igrejas locais. Enquanto isso, quase todos os ministérios metodistas unidos estão se ajustando aos profundos cortes no orçamento.
A sustentabilidade do Fundo Episcopal que apoia o trabalho dos bispos tem sido uma preocupação particular há muito tempo. Por recomendação da GCFA, a Conferência Geral reduziu o número total de bispos e reduziu a adição planejada de bispos na África de cinco para apenas mais dois. No final das eleições para bispos em abril do ano que vem, a Igreja Metodista Unida terá 52 bispos ativos no total.
O Conselho Pleno dos Bispos planeja reduzir suas reuniões presenciais para uma por ano, com sua segunda reunião anual sendo realizada on-line.
Os próprios bispos sugeriram que eles renunciassem a um aumento salarial no ano que vem. O conselho da GCFA também não fez nenhuma alteração no subsídio de moradia dos bispos.
Os salários dos bispos variam de acordo com a região. Em 2025, assim como neste ano, os bispos dos EUA ganharão US$ 180.900 cada. Na África e nas Filipinas, os bispos ganharão US$ 88.888 cada. Os salários dos bispos europeus variarão de US$ 67.051 a US$ 140.551.
No futuro, aumentos salariais para bispos podem ser difíceis de administrar. O orçamento do Fundo Episcopal proposto pela GCFA e aprovado pela Conferência Geral inadvertidamente não incluiu potenciais aumentos salariais para os bispos ativos da denominação. Um aumento na receita do Fundo Episcopal, no entanto, poderia tornar os aumentos possíveis.
A Conferência Geral também estabeleceu que o número de subsídios anuais para apoiar a equipe do escritório episcopal não excederá o número de bispos. É aí que os subsídios deste ano entram para ajudar a reduzir os escritórios episcopais para um por bispo.
“Quando falamos sobre o subsídio de escritório, quero ter certeza de que todos entendam que estamos falando sobre pessoas”, disse a Revda. Sheila Ahler ao conselho da agência financeira. Ela é uma ex-contadora e presidente do Comitê de Agência Geral e Assuntos Episcopais do conselho, que lida com questões orçamentárias.
“Sempre que há uma fusão, há sempre uma redução em algum lugar da equipe, e isso é difícil”, ela disse. “E é especialmente difícil quando é a equipe dos bispos e a equipe está com o bispo há anos.”
O Fundo Episcopal do ano que vem é orçado com a expectativa de uma taxa de arrecadação de rateio de 85%. Mesmo com essa taxa de arrecadação e redução geral nas despesas do bispo, a equipe da GCFA ainda projeta que o plano de gastos do Fundo Episcopal do ano que vem exigirá o uso de cerca de US$ 2,1 milhões das reservas do fundo, deixando um saldo de reserva de cerca de US$ 13,36 milhões.
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Cada 1% adicional acima de 85% de arrecadação representa US$ 200.000 em receita.
As 10 agências gerais da denominação, incluindo a GCFA, concordaram em ter suas alocações orçamentárias reduzidas ainda mais na Conferência Geral para ajudar a reforçar o Fundo Episcopal.
Em particular, Church and Society (Igreja e Sociedade), Global Ministries (Ministérios Globais), Higher Education and Ministry (Ensino Superior e Ministérios), Discipleship Ministries (Ministérios de Discipulado), United Methodist Communications (Comunicações Metodista Unida) e a própria GCFA estão cada um vendo cortes de orçamento de mais de 50%. United Methodist News (Notícias Metodista Unida) faz parte da United Methodist Communications (Comunicações Metodista Unida).
Durante sua reunião de 22 de novembro, o conselho da GCFA também aprovou uma mudança na esperança de ajudar as agências a lidar com sua crise orçamentária. O conselho votou pela distribuição de US$ 9,3 milhões do Benefit Trust da denominação, usado pelas agências para cobrir os custos do empregador relacionados aos planos de saúde ativos e aposentados. A Conferência Geral deste ano fechou planos de benefícios que não estavam mais em uso, com o resultado de que o Benefit Trust recebeu os fundos restantes não utilizados — basicamente US$ 17 milhões adicionais.
Os beneficiários do Benefit Trust incluem não apenas agências que recebem fundos gerais, mas também a United Women in Faith (Mulheres Unidas na Fé) e a The Upper Room (O Aposento Alto, ou no Cenáculo).
Os planos de gastos das agências do próximo ano pressupõem taxas de arrecadação de rateio entre 70% e 85%. Quase todas as agências também planejam recorrer às suas reservas para cobrir as despesas do próximo ano. No entanto, Ahler observou que cada agência tem o suficiente em reserva para evitar ficar em uma situação tênue.
As agências, disse Ahler, “fizeram um trabalho incrível ao preparar seus planos de gastos. Seus textos narrativos foram muito informativos. Isso realmente nos ajudou a entender o que as agências estavam fazendo, e elas estão fazendo um ótimo trabalho — tanto em termos de cumprimento de sua missão quanto de serem fiscalmente responsáveis.”
*Hahn é editora assistente de notícias da Notícias MU. Entre em contato com ela pelo telefone (615) 742-5470 ou [email protected].
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**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected].
