Líderes da Conferência Geral recomeçam

Pontos principais:

• A comissão da Conferência Geral, com grande parte de novos membros, começou seu trabalho preparando a próxima assembleia legislativa da Igreja Metodista Unida em 2028.
• O grupo busca abordar preocupações passadas sobre falta de comunicação e falta de vistos.
• O grupo também ouviu uma atualização sobre o processo de ratificação da regionalização e outras emendas à constituição da denominação.

Com novos líderes e quase todos os membros novos, o grupo que planeja a Conferência Geral deu início aos preparativos para a Assembleia Metodista Unida de 2028, na esperança de se arrepender dos erros do passado e agir com mais transparência.

Como parte desse esforço, o grupo se reuniu de 19 a 21 de novembro na cidade-sede da Conferência Geral deste ano e ouviu os voluntários do evento sobre o que deu certo e o que precisa ser melhorado.

A Comissão da Conferência Geral também recebeu uma atualização sobre o processo de ratificação para regionalização e outras emendas à constituição da denominação movidas pela assembleia deste ano. Essas emendas serão submetidas a votação no ano que vem nas conferências anuais da denominação — órgãos organizacionais compostos por eleitores leigos e clérigos de várias congregações.

Em geral, a comissão discutiu como ajudar a Igreja Metodista Unida a recomeçar após décadas de Conferência Geral sendo definida pelo debate da denominação sobre o status das pessoas LGBTQ. A Conferência Geral deste ano eliminou as proibições em toda a denominação sobre clérigos gays e casamento entre pessoas do mesmo sexo, ao mesmo tempo em que permitiu maior liberdade sobre os padrões de casamento e ordenação.

“Estou animado que depois de muito tempo e muita energia, dinheiro e recursos sendo gastos discutindo sobre sexualidade humana, estamos em uma era em que podemos redirecionar essa energia, renovar nosso senso de missão e propósito para fazer discípulos de Jesus Cristo e continuar com o trabalho de transformar o mundo para que se pareça mais com o Reino de Deus”, disse o Rev. Andy Call, o novo presidente da comissão, durante a devocional de abertura.

“Então sou grato por isso e grato por este momento, e só quero nos lembrar que em tudo isso, nossa força vem de Cristo Jesus, nosso Senhor.”

A Conferência Geral, a principal assembleia legislativa da denominação internacional, é o único órgão que fala oficialmente pela Igreja Metodista Unida.

Preparar o encontro de duas semanas — que normalmente acontece a cada quatro anos — é uma tarefa gigantesca. Os organizadores devem fazer acomodações para os vários idiomas e necessidades alimentares dos Metodistas Unidos de quatro continentes. Eles também têm o desafio de tentar garantir que os delegados possam obter os vistos necessários para participar.

Assim como Call, quase todos que agora lideram a preparação da Conferência Geral são novos em suas funções.

O Rev. Aleze M. Fulbright, o novo secretário da Conferência Geral, assumiu o cargo em 1º de novembro, ao lado de Sharah Dass, a nova gerente de negócios.

Normalmente, os membros da comissão cumprem mandatos de oito anos, com cerca de metade da comissão retornando do planejamento da Conferência Geral anterior. Mas, como a pandemia da COVID-19 atrasou a Conferência Geral de 2020 para este ano, os delegados da Conferência Geral acabaram elegendo uma nova lista de 25 membros da comissão. Apenas um punhado de membros está retornando após preencher mandatos não expirados na comissão anterior.

Os atrasos causados pela COVID não só resultaram em uma comissão amplamente nova, mas também em uma mudança de local para a assembleia deste ano, de Minneapolis, o local original programado para 2020, para Charlotte, na Carolina do Norte.

Essa mudança, anunciada no final de 2022, apresentou desafios imediatos ao comitê anfitrião de Charlotte, composto por membros das conferências da Carolina do Norte Ocidental e da Carolina do Norte. O comitê só conseguiu começar seu trabalho cerca de um ano antes da Conferência Geral.

Apesar do início tardio do planejamento, os coordenadores do comitê anfitrião disseram à comissão que eles finalmente conseguiram organizar mais de 1.000 voluntários Metodistas Unidos para ajudar os delegados no aeroporto, hotéis da área e no centro de convenções onde a Conferência Geral ocorreu. Os delegados puderam identificar facilmente os voluntários por seus aventais vermelhos e bótons de Cruz e Chama #BeUMC. Muitos desses voluntários usaram seu tempo de férias para ajudar na grande reunião.

Os membros do comitê anfitrião também compartilharam com a comissão suas sugestões de melhoria. Uma preocupação consistente que eles mencionaram foi a necessidade de uma comunicação mais frequente e mais cedo da comissão e da equipe da Conferência Geral.

Wanda Musgrave, copresidente do comitê anfitriã da região oeste da Carolina do Norte, enfatizou que os membros do comitê anfitrião estão sempre dispostos a ajudar e esperam ser confiáveis como parceiros no trabalho.

“Através dos bons momentos e alguns não tão ruins, apenas momentos difíceis, sempre foi um privilégio servir nessa função”, ela disse. “E juntos, sabíamos que estávamos fazendo a obra sagrada de Deus.”

A comissão ainda não selecionou o local da Conferência Geral de 2028, mas espera tomar uma decisão na primavera de 2025 e começar a trabalhar com os Metodistas Unidos na área o mais rápido possível.

Enquanto isso, os membros da comissão concordaram que esperavam melhorar a comunicação com o próximo comitê anfitrião e com a Igreja Metodista Unida à medida que os preparativos avançam.

“A lição mais importante que podemos aprender é ser claros sobre o que é realmente confidencial e o que são coisas que preferimos não contar às pessoas”, disse Call no final da reunião. Call também é um delegado veterano da Conferência Geral e pastor principal da Igreja do Salvador em Cleveland Heights, Ohio.

“Mesmo que a notícia não seja boa”, disse ele, “se não for confidencial, deve ser compartilhada”.

A pandemia também afetou os tempos de espera para vistos, e a falta de vistos contribuiu para a ausência de 84 delegados dos 862 alocados para a mais recente Conferência Geral. No entanto, os membros da comissão esperam que uma melhor comunicação aqui também ajude a enviar cartas-convite antecipadamente para os delegados devidamente eleitos.

Durante a reunião, a comissão também ouviu uma atualização da Fulbright sobre as emendas constitucionais enviadas aos eleitores da conferência anual.

Fulbright disse que o plano é lançar um documento educacional sobre as emendas até 15 de dezembro. O documento estará disponível nos quatro idiomas oficiais da Conferência Geral: inglês, francês, português e kiswahili.

Ela também disse que todas as emendas necessárias para a regionalização estarão em uma única cédula, assim como aconteceu na Conferência Geral.

Com a regionalização, as conferências centrais — regiões da igreja na África, Europa e Filipinas — bem como a presença Metodista Unida nos EUA se tornariam conferências regionais com igual autoridade para adaptar partes do Livro de Disciplina, o livro de políticas da denominação, às suas necessidades missionárias.

As outras três emendas que serão apresentadas aos eleitores nas conferências anuais:

• Adicione à constituição que nem “gênero” nem “capacidade” são barreiras à filiação à igreja.
• Assuma uma posição explícita contra o racismo, a desigualdade racial, o colonialismo, o privilégio branco e a supremacia branca.
• Ampliar os requisitos educacionais para facilitar a votação de pastores locais licenciados em conferências centrais para delegados do clero da Conferência Geral.

Para serem ratificadas, as emendas constitucionais devem receber pelo menos dois terços dos votos agregados tomados em todas as conferências anuais. Em outras palavras, o limite para aprovação não é uma votação de dois terços em cada conferência anual, mas dois terços de todos os votos da conferência anual. O destino das emendas não será conhecido até que todas as 130 conferências anuais ao redor do globo tenham a chance de votar.

As conferências anuais começarão a votar nas emendas já em fevereiro do ano que vem. Os eleitores podem dar a cada cédula um voto positivo ou negativo, mas não podem alterar o texto diante deles.

O Conselho dos Bispos planeja consultar todos os votos da conferência anual na primavera de 2026 para ver se eles atingiram o limite de dois terços.

Se a regionalização for ratificada, isso pode significar grandes mudanças na forma como a Conferência Geral opera, a partir de 2032. Mas, devido ao trabalho necessário para implementar a regionalização, Fulbright disse que espera que a próxima assembleia legislativa em 2028 siga o mesmo formato de antes.

“Ao olhar ao redor da sala, sinto muita gratidão pela oportunidade de servir nesta função por tanto tempo”, disse Fulbright à comissão no final da reunião.

“Eu retiro a graça personificada em cada um de vocês, e quero agradecer por isso. Também quero agradecer por sua empolgação, por seu comprometimento, pela conexão e pelas maneiras pelas quais levaremos adiante.”

*Hahn é editora assistente de notícias da Notícias MU. Entre em contato com ela pelo telefone (615) 742-5470 ou [email protected].

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**Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected].