As Bíblias devem ser proibidas?


Pontos chave:

  • A lógica que alguns conselhos escolares estão usando para proibir livros também pode se aplicar à Bíblia.
  • Histórias na Bíblia com conteúdo violento ou “adulto” também oferecem insights que valem a pena serem lidos.
  • Existe uma alternativa à proibição de livros.

Kendra Weddle. Photo courtesy of the author. Karen Weddle. Foto cortesia da autora.

Comentários
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Vários conselhos escolares do Texas estão proibindo livros porque trazem conteúdo “adulto”. Com base nesse raciocínio, eu me pergunto se as pessoas querem banir a Bíblia também.

A história da arca de Noé, por exemplo, não é apropriada para berçários, mas é amplamente empregada. Animais, alegremente saindo de uma arca flutuante enquanto um Noé de pele branca e barba sorri do convés, desmentem o retrato violento da destruição inspirada por Deus.

Deixar de censurar este e outros conteúdos bíblicos para adultos ilustra a tendência humana de achar aceitável o que é familiar enquanto desconta o que não é familiar, especialmente se isso nos força a confrontar nossos preconceitos.

E, no entanto, talvez haja espaço para se familiarizar mais com as histórias assustadoras da Bíblia para informar essa conversa contemporânea.

Da história de Tamar em Gênesis, que faz sexo com seu sogro, à mulher no livro de Juízes que é estuprada por uma multidão insaciável, a João Batista cuja cabeça acaba em uma bandeja para todos os comensais observarem, o conteúdo adulto permeia a Bíblia Sagrada.

Apesar da presença dessas e de outras narrativas horríveis, certamente nenhum daqueles que desejam banir livros das bibliotecas escolares, quer Bíblias retiradas das prateleiras para os R-rated features (materiais de classificação R, ou adultos).

Embora raramente sejam coisas de púlpitos de domingo, essas histórias – violentas, perturbadoras, “adultas” – valem a pena serem lidas. Tamar, alguém que foi empurrada para as margens de sua sociedade, acaba sendo a heroína, uma outsider que está “mais certa” do que a religiosa interna que deveria ter agido com mais justiça. Ela aponta não apenas para a eficácia das estruturas legais que dependem da moralidade de seus praticantes, mas também para a ideia de que muitas vezes aqueles que foram tratados injustamente são os que mais prontamente podem identificar problemas dentro de qualquer sistema social.

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A mulher sem nome deixada para ser vandalizada para que seu marido líder religioso permanecesse protegido com segurança é o cúmulo da desvalorização humana. Embora seja difícil encontrar algo significativo ou inspirador sobre seu trágico ataque, através dela, os leitores são ensinados a reconhecer o poder de um narrador para moldar como os leitores leem: Por que ela não tem nome? Por que ela é chamada de concubina quando o macho é chamado de marido? Por que o narrador não consegue transmitir qualquer sentimento de indignação pelo que acontece com ela? Além disso, incluir esse relato apresenta um argumento convincente de que a sociedade havia se degenerado a ponto de precisar de uma mudança drástica

Da mesma forma, a cena grotesca da decapitação de João Batista como resultado do truque do rei Herodes na esperança de salvar a própria cara, pode servir como um lembrete oportuno do poder extraordinário dos reis, especialmente aqueles de construção teocrática. Que a morte de João seja atribuída à filha e esposa do rei traz à luz como é fácil impugnar os outros por decisões precipitadas e malfadadas, especialmente aqueles com menos poder.

Central para a tradição cristã é a morte prematura e injusta de Jesus na cruz, uma narrativa com tema adulto em qualquer livro. Mas a história de Jesus mostra como colocar o estranho à frente de si mesmo, e a cruz transmite uma esperança perpétua de que vamos, de fato, fazer isso.

Então, e se, em vez de procurar proibir os livros, os lermos? Para os cristãos, especialmente, não consigo pensar em uma atividade quaresmal melhor do que abraçar o que não é familiar, que é outra maneira de dizer, amar o próximo.

 

* Weddle tem um Ph.D. em religião e é estudiosa residente na Igreja Northaven em Dallas. Contato da mídia de notícias: Tim Tanton ou Joey Butler, Nashville, Tennessee, (615) 742-5470 ou [email protected]. Para ler mais notícias dos Metodistas Unidos, assine os resumos quinzenais gratuitos.

** Sara de Paula é tradutora independente. Para contatá-la, escreva para [email protected]

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